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Sobre seres soberano sobre o amor que flui na tua vida

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Por vezes pode parecer que não é como direi ou pode suceder não ser de todo conveniente pensá-lo, mas tu só não és capaz de viver ou seguir a tua vida sem “ti”, ou seja, és capaz de o fazer mesmo sem as pessoas que consideras hoje mais importantes ou, inclusive, indispensáveis.

É certamente duro pensar nisto assim, porque a tua natureza social lança-te convidativamente numa rampa de relações com os outros: compromissos, vínculos, juras de amor. A crueza dos factos, mais dia menos dia, mostrar-te-á claramente como só tens mão na tua vida e que só és soberano sobre ti mesmo. Só te tens a ti, ao teu pensamento e à luz que te dá vida por dentro. É tão simples quanto isto.

Se o tivesses presente, isto far-te-ia viver as relações de amor sem aquela carga dramática de destino, mas de um modo mais consciente, antipossessivo, num modo otimizado para a contínua gratidão por teres a vida de alguém solidária com a tua, a bater lado a lado deliberadamente. Isso só dará valor ao teu amor por alguém e ao amor que alguém tem por ti. Esquece a magia que retira a tua soberania sobre o amor.

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