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Sobre a autolimpeza interior tão necessária como a higiene exterior
No plano externo percebe-se bem a pertinência da higiene individual como forma de evitar constrangimentos sociais. Lavámo-nos e perfumámo-nos por nós, mas também pelos outros com os quais nos cruzaremos no decurso de um dia.
Interiormente, a coisa não difere muito em necessidade, pese embora não parecer tão evidente, porque mais oculta à visão e ao restante vertente sensível. A falta de higienização interior transparece da atitude das pessoas, que por não a fazerem metem os pés pelas mãos e ferem aqui e acolá uma e outra pessoa com atitudes, desconsiderações, silêncios desnecessários, mesquinhos, egoístas, injustos.
O processo de limpeza interior é um processo lento e um processo cíclico, pelo que é normal dar-se voltas em torno de questões internas que devem ser sossegadas com respostas e com disciplina mental. Abordar o mundo sem o cuidado de nos irmos diariamente filtrando e desinfectando da resma de 'partículas' mentais que constituem a nossa sujidade interior, traz dissabores e faz de nós seres sistematicamente aquém do potencial que mora em nós.
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