O Doente Imaginário é uma peça de teatro do dramaturgo francês Molière, que se centra nos caprichos de um hipocondríaco senhor que se crê doente das mais variadíssimas coisas, de modo que toda a sua vida rodopia em torno da sua imaginária condição de enfermo, incluindo, imagine-se, o casamento da sua filha.
A peça tem o condão denunciador quer do modo como certas pessoas se dão às doenças e se imaginam doentes e carentes de cuidados médicos e boticários, quer do modo como os maus médicos/farmacêuticos se contentam com as rendas associadas aos processo de cura, extendendo-os no tempo em vez peremptoriamente os resolver.
Embora a pertinência do enredo possa ter tido o seu auge em na época em que foi lançada (1763), estou em crer que a essência da história não está de modo algum atrofiado de actualidade, visto que a nossa é também uma época repleta de doentes imaginários, sobretudo no plano psicológico, que se deixam cair na labiríntica e instável dependência de fármacos para cuidar de problemas que dependem apenas deles próprios para serem debelados.
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