Se nada fizeres para contrariar esta tendência, a filosofia capitalista fará de ti um ser excessivamente ambicioso e egocêntrico, capaz de usurpar a dignidade própria e dos outros para com isso ousar erguer um império económico e de poder sobre a comunidade a que pertences.
Tal como o rei da história acima procurou a todo custo dar expressão externa ao ego que alimentava, nem que para isso tenha afectado demasiados recursos e com eles criado a instabilidade que fez dos seus empreendimentos vãos, assim procedes tu, quando acordas de manhã e pões todo o teu pensar no possuir coisas, no passar à frente de outros, no afirmar o teu poderio personalístico e existência à força toda.
E se um caso destes é pérfido, porque desloca a condição humana para um padrão de virtudes miserável, o que dizer da multiplicação em jeito de diáspora desta mentalidade colonialista dos outros e dos recursos como via para a afirmação. Isto não pode dar certo. Não poderá, por não ser uma via para o verdadeiro desenvolvimento. Ninguém se aguenta no topo com esta abordagem, sem virtudes não há estabilidade.
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