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Sobre o racionalismo, como abuso dos préstimos da razão

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©  Sebastian Erikson

"Assim como o abuso do álcool leva ao alcoolismo, o abuso de razão levou ao racionalismo. (...)As ciências físicas e o mecanicismo tomaram de assalto a gnoseologia e a metafísica. O século XVIII e XIX viram o auge destas posições reinvindicatórias - e porque não dizê-lo claramente - vingativas. Sim das remendadas bandeiras da "ilustração" nasceram os novos dogmas: o agnosticismo, o pragmatismo, o relativismo, o subjectivismo, o positivismo, com as suas sequelas de lutas de classes primeiro, e de todos contra todos depois." (JAL, Os Mitos do séc. XX)

Aquele que manifesta propensão para alguma intelectualidade, facilmente incorre, nos dias de hoje, no exagero da razão, viciando-se nessa ferramenta a ponto de nela se perder e a ponto de lhe subtrair a utilidade que tem. A intelectualidade de modo algum se pode esgotar no racionalismo.

A intelectualidade, entendida como processo de crescimento, deve-se fazer acompanhar do aprimoramente de sensibilidades não racionais, vocacionadas para a intuição do lado aparentemente subjectivo do mundo, como arquétipos, como o belo, enfim, voltada para o desenvolvimento de capacidades latentes no ser humano, com as quais pode mais amplamente interpretar e compreender o mundo que o rodeia. Muito para além de "raízes quadradas de somas subtraídas, sempre com a mesma solução."

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