Sobre a infoinclusão e a infoexclusão

By: MM on quinta-feira, janeiro 31, 2013

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© Glen Jones

Há por aí quem acredite que o oposto da infoexclusão (a infoinclusão) representa o ex-libris daquilo que alguém deve ambicionar em matéria de conhecimentos. Não quero desiludir ninguém: saber das últimas novidades de tudo e mais alguma coisa dá certamente louros discursivos que se repercutem em termos sociais, e valem certamente a quem sabe isso atenção, consideração e enfoque, mas isso não é tudo na vida.

Iinfoinclusão ata-nos ao vício de captar todos os pequenos mexericos do dia-a-dia cuja relevância efectiva tende para zero. Cada pequena coisa que preenche a mente, preenche um espaço que nenhuma outra passa a poder preencher. Isto porque a mente é finita na sua capacidade de processar.

Assim, como um computador que por ter demasiados processos abertos ou salvos na memória RAM (a de curto-prazo) começa a operar com letargia, assim as pessoas que abusam do consumo de conteúdos podem sofrer de idêntico fenómeno, talvez se darem conta disso. Há que saber não ficar refém desse jugo travestido de desenvolvimento que é a infoinclusão, porque há momentos na vida - e não são poucos -  em que ser um infoexcluído tem toda a vantagem competitiva.