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Sobre o que um vendaval te pode ensinar para a vida

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Ainda está bem fresco na memória colectiva o vendaval que assolou este país há coisa de dias, e que arrancou árvores, destruiu estufas, fez encalhar navios.

As pessoas, na sua dimensão física, também são estruturas e tiveram de se proteger para serem poupadas aos invulgares ventos sentidos.

Toda a esta situação apela à metáfora: no plano mental, não raro há vendavais. Também no plano mental cada um de nós apresenta uma estrutura que pode ser sujeita a vendavais mentais. Quem fala de processos mentais, pode muito bem incluir os sentimentais, porque os há a este nível (vendavais), por sinal mais frequentes e devastadores que os seus homólogos físicos.

Podemos perguntar porque motivo há estruturas que são devastadas e arrastadas pelos vendavais (e vendaval é tudo o que sopra em alguma direção com um ímpeto exageradamente intenso) e porque motivo há outras que, não deixando de sofrer um vendaval, ainda assim resistem, ficam onde estão e persistem no seu  local, função e objectivo.

O grande mérito de um vendaval é colocar à prova uma estrutura, indepedentemente do plano em que se manifeste.

Só quando as nossas estruturas são postas à prova e abalam ante um forte impulso externo, conseguimos esclarecer honestamente onde moram os nossos pontos mais fracos, eventualmente os nosso pontos de rotura. São essas as regiões da tua existência que mais te devem merecer ser melhoradas.

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