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Sobre a empatia de cães e gatos, relativamente a mosquitos e moscas

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Podemo-nos indagar porque motivo somos tão amáveis com cães e gatos e tão cruéis com moscas e mosquitos. Haverá razões sensatas para procedermos com dois pesos e duas medidas relativamente a uns bichos em detrimentos de outros? A complexidade biológica pode ser, sem dúvida, um bom argumento, mas talvez possa existir um elemento original mas relevante: a empatia que uns e outros suscitam em nós.

Um bom punhado de hostilidade que todos conservamos persistem como vício em nós relativamente a outras pessoas/animais/ ideias por ser tratarem de um produto direto da inevitável leitura que o mundo, a vida e a nossa mente nos pede incessantemente que façamos. Não detectamos empatia nas pessoas, coisas ou ideias visadas, e por isso reagimos destrutivamente, encarando pela negativa a sua existência ou contributo.

Quiçá porque cães e gatos sabem estar, e moscas e mosquitos não tanto, privilegiamos os primeiros aos segundos. Saber estar, entendendo por isso uma inexplicável capacidade de criar enquadramento favorável ou de encontrar um lugar apropriado num cenário funcional, é algo altamente propiciador de empatia, com toda a vantagem que isso acarreta. De facto, a partir do momento que há empatia entre duas pessoas pessoas, dois animais, ou uma pessoa e um animal a convivência se harmoniza e a paz pode (mais facilmente) reinar. É por isso que tanto se valoriza o saber estar entre pessoas civilizadas: trata-se de um atributo chave para que mais vezes consigamos ser "cães" e "gatos" na ótica dos outros, ao invés de "mosquitos" e "moscas".

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