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Sobre os incêndios florestais e o reconhecimento da prevenção

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Eugénio Sequeira, pronunciando-se no programa Expresso da Meia Noite (06/09/2013) sobre a problemática dos incêndios na perspetiva da legislação vigente, tocou num aspeto estrutural ao referir que o problema dos incêndios é um problema de cumprimento da lei atual, mais do que uma carência de melhor e mais efectiva legislação.

Mencionou como exemplo o modo como a velocidade média dos nossos veículos nas autoestradas é superior ao permitido na lei e como todos convivemos amistosamente com esse dado. Na Finlândia, país que muito invejamos pelos indicadores de desenvolvimento humano, pude verificar em primeira pessoa o cumprimento estrito mas natural dos cidadãos neste particular.

E se é verdade que os portugueses se orgulham de uma certa relativização das regras (a lei do desenrascanço) quando deteta circunstâncias merecedoras de tal código de conduta, a generalização desta prática tem como contrapartida uma deficiente percepção dos riscos choca com uma vertente muito importante na sociedade: a prevenção.

Assim, quando a falta de prevenção faz arder um país, focam-se sobretudo os fogos ateados criminosamente - e sobem o clamores no sentido da agudização de penas de cadeia. A maioria dos incêndios, porém, decorre da incorreta avaliação dos riscos (e consequente prevenção) que representa possuir uma floresta. A prevenção só a muito custo se inscreve no DNA nacional.

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