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Sobre a respeitabilidade de se subir a pulso na vida

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Gosto das pessoas que subiram a pulso na vida, apraz-me conhecer as suas biografias, perceber como se inscreveram na vida, como comprovam em primeira pessoa que a humildade, o trabalho e a perseverança são os ingredientes da ascensão e sucesso que reúnem.


Creio nesse processo, pois acho que, como matrioskas, só conseguimos estar na vida de forma coerente e respeitosa quando sabemos dar o devido valor, quando as bolhas nas mãos do colega do lado (ou as suas dores de cabeça) têm eco genuíno e franco em nós. O castelo da compreensão constrói-se de pequenos e multifacetados cacos de experiências cotidianas.


Por este preciso motivo, é com notória preocupação que por vezes registo a infeliz subversão deste mecanismo, não porque o considere imprescindível para se singrar na vida, mas porque ele dota as pessoas de uma fibra e posicionamento altamente modelares para a sociedade. Este é de resto o mecanismo que faz jus ao conhecido American Dream sobre o qual recai a esperança de toda uma sociedade ocidental capitalista e democrática, a esperança de que existe luz ao fundo do túnel (oportunidades) para todos os que  se esforçam, sorriem e perseveram na sua procura.

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