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Sobre as vindimas enquanto atividade humana revigorante

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Ontem teve lugar mais uma edição das vindimas de vinho verde amarantino. É impressionante como se consegue reunir um volumoso grupo rico em heterogeneidade (idades, instrução, profissões, local de residência, etc), e como os atos colectivos fluem invariavelmente bem rumo à sua conclusão. Parece-me que quando os objetivos são claros e as pessoas sabem e aceitam o que têm de fazer, toda a atividade se torna harmoniosa e, portanto, bela.

Fico encantado por notar que mesmo pessoas da cidade conseguem dar-se ao trabalho sem remuneração monetária, reconhecendo da remuneração alimentar e de interação social, valor suficiente para fazer sentido participar. É muito bom notar que o Homem não perdeu a capacidade de funcionar sem a motivação do dinheiro, e que ainda se dá valor à amizade e companheirismo. 

Atividades como esta preenchem as pessoas, dão sentido às suas vidas, quer pela componente de comunhão com a natureza - algo que é sempre recomendável e bem-vindo - quer pela forma como entre diferentes, se acaba sempre por aprender algo mais. Fisicamente colhem-se as uvas, mas interiormente a colheita ocorre ao mesmo passos: o doce contato com os outros e com a Natureza coloca em circulação  uma revigorante seiva de vida em cada participante.

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