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Sobre o tempo da vitória e o tempo da comemoração da vitória

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Object with Red Ball - Alexander Calder (1931)


Muitas das vezes, só porque não nos parece tangível singrar num dado objectivo com a almejada acutilância e prontidão do "para ontem", cai-nos a eternidade em cima e convence-nos de que estamos quiçá fadados a ser eternamente uns derrotados da vida. Pois bem, é que aqui deve entrar, com renovada valência interpretativa, o célebre dizer desportivo que faz escola nos derrotados corteses de que "o que interessa é participar".

Em muitos dos desafios que a pressa nos faz recém convertidos em derrotados, o que acontece é que o tempo da vitória chegar não está combinado com a nossa rapidez de querer levantar a taça. A vitória por vezes também se serve fria, fria e longínqua, fria e às escuras, fria e qualquer outra combinação compatível, desde que seja impreterivelmente servida à sua própria hora. Em ponto. Será servida para quem quiser vê-la ou somente para aqueles que perseveram a fitar objectivamente a ranhura de esperança, na máquina das bolas surpresa premiadas do café da Vida.

A populaça irá dizer que foi Deus, que foi sorte, que foi um lance fortuito, mas a verdade é que, naquele momento, tu és o vencedor em alguma coisa da tua vida. Deves então perceber que tudo tem o seu tempo, e que quem encara e está na vida com carácter e princípios, só pode mesmo é esperar a vitória na volta do correio. Tem é de saber esperar por ela. Saber. Esperar.

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