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Sobre uma outra interpretação para a expressão "ter todo o tempo do mundo"

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Minuts, Vicent Broquaire (2014)

Ter todo o tempo do mundo não significa apenas poder fazer as coisas nas calmas, sem prejuízos de maior na agenda e calendário. Este é o significado habitual e corriqueiro que se dá à expressão, mas não é, de maneira alguma, o derradeiro e único. Numa perspectiva menos egocêntrica, ter todo o tempo do mundo é reconhecer que a cada momento existe todo um mundo de movimento e processo que funciona a um ritmo que os humanos ousaram chamar de tempo.


Cada processo, cada vida, cada via no qual o mundo se manifesta com as suas especificidades, cristaliza em si mesmo o tempo do mundo, do tal modo que ter todo o tempo do mundo pode significar poder contar com todos os veículos em que esse mesmo tempo se faz sentir, no presente. Dessa constatação e consciência surge a sugestão e convite a fazer alguma coisa de útil, nobre e positivo com a noção de que a imensidão de tempo é construída e sustentada por cada elemento ter estado ininterruptamente a representar o seu papel.

Sentir todo o tempo do mundo é então, nesta perspectiva de entendimento, poder construir numa moldura integrada com o palpitar individual dos vários elementos que, sob uma sinergia cósmica, fazem com que o mundo seja o que é, e com que nunca tenha uma falha de energia que coloca a existência de todos em stand by.

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