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Sobre as pessoas "de ponta", as tecnologias "de ponta", e o valor acrescentado

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Existe, correntemente, uma acutilância discursiva no sentido da promoção do "valor acrescentado", como se de repente fizesse mais sentido do que alguma vez outra vez na história da humanidade apostar em soluções originais, diferenciadoras, impactantes, com identidade própria, pioneiras mesmo, para resolver problemas. O mais curioso no meio disto tudo é que quando chegamos à parte de concretizar como é que se acrescenta, então, todo esse desejado valor, chegaremos à conclusão de existem duas formas: investimento em tecnologias "de ponta", ou, então, investimento em pessoas "de ponta". 

Embora pareçam duas opções distintas, repare-se que a tecnologia "de ponta" não se inventa a ela própria. Esta advém do trabalho de pessoas digamos... "de ponta". Colocando a tecnologia no seu devido lugar, pessoas "de ponta" são o único objectivo a que um Estado ou uma empresa pode ambicionar. Pessoas "de ponta" são gente mais consciente, com sensibilidade para detalhes, com tudo o que isso implica em termos de identificação de oportunidades de melhoria e novas possibilidades, mas também gente com certezas quanto aos pontos fortes que se deve preservar. Em suma, ser gente "de ponta" é ser alguém que sabe estar, e que tem grande talento para tomar as decisões para si e para os outros.

Ninguém vai ser "de ponta" sendo um repetidor sistémico. Afinal, é isso mesmo o que se passa com as crises das economias/empresas: as que são repetidoras sistémicas, mais cedo ou mais tarde, deixam de acrescentar valor e serão levadas a mudar de vida. Assim, nós, os recursos humanos a quem este texto se destina, devemo-nos intímia e diariamente perguntar que valor acrescentamos no mundo, que sentido superior tem o que a cada dia vamos fazendo, e que virtude/qualidade conquistaremos com as atitudes e/ou acção manifestadas. Estou convicto de que é a qualidade nas respostas às questões anteriores que pode levar uma pessoa a tornar-se em alguém "de ponta". É isto, de resto, que ao longo de séculos, gente "de ponta" como Einsteins, Da Vinci's, Mozarts, e outros a quem nenhum crédito público resta, têm acrescentado "valor" no mundo. Sejamos, pois, também nós "de ponta", e o valor acrescentado não tardará a chegar. Não há segredo nisto.

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