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Sobre a compreensão da verdadeira e única Justiça, em detrimento das leis humanas

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(Imagem: Justice Game - Gunberk)


O Homem que acredita que a justiça é algo que começa e termina no próprio Homem está condenado à exasperação. Não somos, por muito que nos esforcemos, os melhores juízes uns dos outros, quanto mais de nós mesmos, pelo motivo de que somos francamente imperfeitos e que isso tolhe a harmonia e a verdade contida nas nossas decisões.

Pelo modo como se frustram perante a lentidão, dubiedade e falta de confiança nos sistemas de justiça estatais, as pessoas suspiram, derrotadas, sob efeito de esmagadoras atitudes de "está tudo perdido", "está tudo do avesso", "não há correção para o estado actual com a justiça neste estado". Compreende-se que assim seja. Isto acontece porque não acreditamos, nem como hipótese remota, na existência de uma justiça inerente ao próprio mundo e vivência, que noutras paragens se designa por Karma: um sistema natural que faz atribuir a cada injustiça uma consequente e indelegável correção, a qual fala por cima da voz do homem e das suas deliberações sobre as leis que ele próprio cria e sustenta.

Talvez o mundo nunca tenha deixado de ser um local justo no qual seja permitido, contudo, cometer pontualmente injustiças. Por não conseguirmos interligar os eventos na sua magnitude cósmica, ignoramos os efeitos boomerang, os efeitos dominó e as colheitas que vamos fazendo em virtude das sementes que vamos plantando um pouco por todo o lado, individual e colectivamente. O Karma, estou convito, é a justiça que basta, porque depende de critério limpos como são os da Natureza e da própria mecânica do mundo, ficando a salvo a orgia de interesses que a mente humana sempre representa. O Homem que crê na lei da causa e efeito do Karma é livre para acreditar sem esforço ou dúvida nas vantagens óbvias de implementar uma vida virtuosa. 

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