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Sobre a gestão de cargas emocionais - Parte 1

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(Imagem: Circles - Funky Fresh)


Tão subtil e discreto como é, o fenómeno da transferência de carga emocional de umas pessoas para as outras funciona quase sempre atrelada aos episódios e incidentes da vida, numa colagem que apela a que nos esqueçamos de que a matéria emocional com que pintamos a vivência diária é em si mesmo dissecável e discutível.

Por exemplo, a pessoa que passa muito tempo sozinha precisa de dominar com mestria a arte de não necessitar de outrem para diluir a sua carga emocional. Quem o consegue fazer, ou porque inibe grande volumes de emocionalidade ou porque os escoa cabalmente em tarefas e hobbies terapêuticos a esse nível, encontrará na solidão física a estabilidade desejada, porque o tempo e espaço deixam de ser periodicamente perturbáveis por incontroláveis intromissões de terceiros.

Quem, ao invés não o consegue, foge a sete pés da solidão ou, se mergulhado nela por uma qualquer depressão na topografia da sua auto-estima, convive com a noção, mesmo que intuitiva, de que precisa de outras pessoas para diluir as emoções que transporta, sob pena de se espiralar negativamente e adamastorizar os desafios com que se depara.

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