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Sobre as necessárias linhas rectas a interligar pontos humanos, e o risco da transparência

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Uma linha recta passa sempre por dois pontos. Tu és um ponto. Eu sou um ponto. Nós somos dois pontos. Pontos são singularidades, tal como tu és, e eu sou nas respectivas essências.

Não só uma linha recta passa sempre por dois pontos como esta é a via mais curta para interligar esses dois pontos. Recta no sentido de se definir a arrepiar caminho e concentrar-se no que é essencial: a união. Tudo o mais são fait divers curvilíneos que fazem perder tempo e recursos. Haja rectidão a mediar a pontuação.

Entre ti e cada outra pessoa passa portanto uma e uma só linha recta. Podes tentar apagá-la ou engrossar-lhe a espessura, e sabes que o fazes por uma miríade de motivos. Temos não raro grandes critérios nas linhas que desejarmos firmar, não começar firmar ou deixar de firma, outras vezes caímos numa desgraçada indiferença que torna a linha recta transparente. É sobretudo contra esta última que este texto tilinta, linhas transparentes podem tornar os pontos também transparentes, e quem pode traçar uma recta com um ponto que não já não se vê? Mantém-te vivo, ponto.



(Imagem: Andrea Facco - Painting Leftovers - 2013)

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