"Num relance, rebuscando charutos numa mesa de limoeiro, compreendi que se tramava a Companhia das Esmeraldas da Birmânia, medonha empresa em que cintilavam milhões, e para que os dois confederados de bolsa e de alcova, desde o começo do ano, pediam o nome, a influência, o dinheiro de Jacinto, Ele resistira, no enfado dos negócios, desconfiado daquelas esmeraldas soterradas num vale da Ásia.
(...)
Jacinto franzia o nariz, enervado:
- Mas, ao menos, estão feitos os estudos? Já se provou que há esmeraldas?
Tanta ingenuidade exasperou Efraim:
- Esmeraldas! Está claro que há esmeraldas! ... Há sempre esmeraldas desde que haja accionistas!"
A Cidade e as Serras - Eça de Queirós
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