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Sobre a ilusão de que a ociosidade decorrente da abastança é garantia de felicidade

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(Eric Forstmann- Seven@ 12:30 a.m.)


Mais de metade das pessoas do mundo dava este mundo e o outro para passar a viver na mais completa ociosidade. Perseguem cegamente a fortuna económica para garantir dispensa do trabalho de onde obtêm um salário, e dos compromissos inerentes às dependências associadas à gestão de um orçamento que não raro se afigura curto, e implica descartar coisas em detrimento de outras coisas.

As lotarias vendem esse sonho, tal como as profissões ligadas ao desporto, por exemplo. Fica sempre por explicar que ninguém pode ser feliz num vazio de missão. Quem se circunda de rios de dinheiro e mata os desafios pessoais que impelem o indivíduo para um trabalho de esforço e superação, acabará por asfixiar o seu desenvolvimento enquanto pessoa, e acabará por perder-se em intrincados vãos de escada psicológicos em jeito de rua sem saída (existência sem saída!).

Assim, mais do que achar que temos de resolver a questão económica para então ser felizes, é preciso desligar uma coisa da outra, e perceber que os sete dias da semana são o palco e o momento certo para alcançar essa felicidade, com mais ou menos trocos no bolso. A ociosidade desliga as pessoas dos dias, da importância que cada um tem e deve ter, e nesse desligar mora o maior desperdício que pode haver: o desperdiçar a chance incorrer na sentimento do dever cumprido.

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