Imagem: Ecology I - Danie Mellor (2015)
Como duas borboletas que se passeiam naturalmente à solta num prado sem com isso criar desequilíbrios no respectivo ecossistema, as pessoas movimentam-se também umas com as outras nos seus mundos, ora mais próximas ora mais distantes, seguindo-se ou repelindo-se, num bailado macro que à escala micro reflecte forças como interesses, desejos, sentimentos, medos, ilusões, expectativas. O bailado resultante provém do mesclado multicolor destas forças.
A principal complexidade nos processos relacionais resulta da condição de que cada ser é autónomo a respeito do livre arbítrio que lhe cabe ter, pelo que conviver, a ser acto voluntário de parte a parte, requer uma progressiva sincronização existencial. Implica compromisso, implica vontade, e implica constância. Estes são ingredientes da sustentabilidade e ecologia das relações, sobre os quais conseguimos garantir um ar predominantemente limpo, mas perfumado da beleza de existir para lá do corpo físico que nos confina a ser uma unidade material, em detrimento da unidade imaterial.
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