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Sobre o terrorismo, enquanto sequestrador do corpo emocional do homem

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Satelite clew - Delson Uchoa (2013)

A invenção do fenómeno batizado de terrorismo é um marco que a contemporaneidade legará à história do mundo. Mais do que atentar contra o mundo físico,  socorre-se deste último para semear terror no corpo emocional do público alvo.

O corpo emocional é uma infra-estrutura pessoal que pode receber e emitir estímulos de e para as as demais estruturas, tais como a física e o mental.  Um homem que não se cuide vive refém deste corpo, sofrendo as consequências de não o domar. Um corpo emocional quer sentir, e sente indefinidamente só porque sim. Com a mesma naturalidade com que o corpo mental pensa incessantemente só porque sim.

De acordo com a doutrina taoista, o mundo é governado por oposições naturais (yin yang), sendo estas quem tempera a vida e suas vicissitudes. Assim,  para o mal do terrorismo há de existir a sua força contrária que o equilibre e desarme. O antídoto do terrorismo (e não o seu paliativo) não consiste em contra atacar mais terror. Emoções negativas não se combatem com emoções tão ou mais negativas que as que lhe deram origem.

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