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Sobre o começar coisas novas na vida

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Chem 1A - Roy Lichtenstein (1970)

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Como se começa uma coisa nova? Aí mora um desafio, ou não passasse a mundo a dizer à restante metade que é preciso começar a fazer isto assim, aquilo assado. Aliás, há uma civilização a bater-se pela ideia de inovar, e não seja esta uma disposição que em nada difere de fazer coisas novas e valorosas, pelo menos economicamente.

Muita gente não se dá conta, mas para começar o que quer que seja é vital ter terminado a coisa anterior. Isto tem valido para quem se vê sem trabalho e se abalança com algo novo, mas também para quem anda assoberbado de trabalho e decide despedir-se para iniciar um novo projeto. Quem não termina acaba por não começar. Verdadeiramente, continua, apenas, e portanto vê-se a gerir o que já existe.

A magia do começar é algo que alimenta o espírito e nos faz sonhar: sonhar o sucesso, sonhar o diferente, sonhar a criação e a manifestação da mesma. Todos os anos, por alturas do fim do Verão, a rentrée civil acontece, e com ela crianças em pulgas para um novo ano lectivo, e adultos (desejavelmente) revigorados enquanto profissionais. Também aqui só (re)começa quem interrompeu, quem soube terminar. É favor, pois, levantar a cabeça, concluir o que aguarda término, e começar essa coisa nova que pode ser um projecto, uma ação, ou tão só uma nova forma de ser.

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