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Sobre a cidade de Amesterdão enquanto maquete social exemplar do modo como uma sociedade plural funciona

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Amsterdam Centraal - Jean Francois Rauzier

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A cidade de Amesterdão compreende porventura como nenhum outro lugar do mundo uma interseção de focos de interesse absolutamente extraordinária. Falo dos entusiastas ou curiosos da arte antiga (Van Gogh, Rembrandt, Bosch), da cultura holandesa (arquitetura, urbanismo, ecologia, pluralidade), das drogas recreativas (canábis, cogumelos, etc), da prostituição legalizada, das tulipas, do holocausto, das bicicletas, do design e inovação, da moda.

É surpreendente depararmo-nos com tantas pessoas oriundas de todo mundo a partilhar as mesmas avenidas históricas, algumas destes exibindo inclusive caudais de transeuntes assustadoramente densos, e chegar então à impressão de que todos eles estão ali por motivos porventura não coincidentes, materializando as suas preferências turísticas em combinações e categorias distintas das que nos levaram a coabitar aquele mesmo espaço.

É curioso acercar estas dinâmicas no contexto do turismo, não só porque irrefletidamente podemos pensar que todo os turistas de um dado destino são iguais (a nós) nas suas ambições, mas também porque isso nos transporta para a vida que levam no seu país natal. Também aí partilhem o espaço com muitos concidadãos mas as suas cabeças orbitam para preferências e ambições perfeitamente distintas entre si. No contexto deste tipo de insight de societal, a diversidade e liberdade encontrada em Amesterdão constitui uma maquete social exemplar do modo como uma sociedade plural funciona, nas suas assíncronas ambições e preferências, pautadas pelos direitos e deveres consagrados para permitir ao todo sobreviver equilibradamente enquanto ecossistema.

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