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Sobre o filme 'O Apartamento', a falsa vantagem de ser yes man ou yes woman, e o assédio sexual no trabalho na América dos anos 60

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O Apartamento, filme de Billy Wilder estreado em 1960, é uma comédia dramática centrada na personagem C.C. Baxter (por Jack Lemmon), um funcionário de uma seguradora que se vê envolto numa trama profissional que redunda num inesperado triângulo amoroso. É que Baxter fica conhecido entre os superiores hierárquicos por ceder o apartamento alugado a todos quanto queiram namoriscar ou ter um caso extraconjugal num local barato e privado. Esta clientela desenvolve um conluio que promete uma boa promoção a Baxter a troco de utilizações semanais, de borla e por marcação do seu apartamento alugado.

A coisa seria até gerível não sucedesse que o próprio presidente da firma promove Baxter e pede também a chave do apartamento para poder fazer idêntico uso. O problema é que Baxter decobre que a amante do presidente é a funcionária do elevador por quem Baxter suspira todos os dias, a menina Fran Kubelik (por Shirley MacLaine). O resto é uma salgalhada que ora falsifica Baxter como um galanteador de insaciável desejo sexual, ora o mostra como um simples bom homem engolido por tubarões de moralidade fantasma.

Apesar de se bastar como experiência divertida, o filme mostra como os fins não justificam sempre os meios em matéria de elevador social ou profissional, e em como ser yes man ou yes woman trás prejuízos pessoais que podem não compensar e até ser contraproducentes. O filme caricatura também a América dos anos 60, onde o assédio sexual no trabalho parece ser um desporto aceitável no contexto do padrão citadino.

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