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Sobre o 3vial

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Quando comecei a redigir textos autónomos, livres de regras formais que não as básicas para produzir escrita em português, achei-me perante um mundo novo que com o tempo passei a prezar e a querer viver em.
Escrevia então textos carregados de valor sentimental que me libertavam do peso que esses próprios sentimentos tinham em mim. Estava numa fase em que a escrita era uma terapia. Surpreendentemente foi o poder da terapia que me levou a escrever mais vezes e a derivar para outro tipo de utilização da escrita.
Deixei então o profundamente meu para falar sobre temas mais abstractos, onde aprendi a balancear argumentos de forma a tentar aprender sempre algo em cada intervenção escrita e em permitir que os outros aprendam com essa intervenção.
Notei, contudo, que por me servir da internet para partilhar a minha escrita, o super povoamento deste meio com sites de propósitos análogos torna os textos banais aos olhos de qualquer um que procure ler uma composição própria, pois é exactamente isso que me acontece quando quero ler coisas de outros.
Não quero de forma alguma afirmar que considero aquilo que escrevo textos desprovidos de valor, de sentido ou de pertinência, mas apenas que a oferta excessiva desvaloriza cada tentativa individual de intervenção.
As palavras são autênticos carimbos, marcam o que somos mas, mais importante ainda, pintam a nossa personalidade para os outros, trazendo-a para fora e colocando-a ao dispor de quem a quiser conhecer.
Escrevo de forma impulsiva, a maior parte do tempo, sendo comum criar intervenções com base em ideias dispersas e fugazes que tenho quando estou desocupado ou me concedo esse tipo de libertinagens.
Não me sinto bem sem produzir e orgulho-me de ser movido por tal força.
A quem me ler, um muito obrigado, desde já.

2 comentários:

  1. Caro amigo marcelo, estou deveras surpreendido com a emancipaçao das tuas ideias tao proprias e ousadas como sempre "me" habituaste... realmente estas tuas ideias devem mesmo ser compartilhadas... acho que ganhaste um espectador assiduo das tuas trivialidades!!! ganda abraxo!=)

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  2. Li e gostei sim :).
    Lemos através de todos os nossos sentidos e um deles é a visão por isso compreende-se que face à quantidade de blogs e textos publicados a maioria faça uma selecção começando pelos mais atractivos, quer por imagens, quer por temas de interesse. E concordo que por vezes os textos mais proveitosos e extensos perdem um pouco de “audiência” ( o que é uma pena). Uma má consequência do excesso é sempre a banalidade,ou melhor a inutilidade porque é certo que, banal só é quem souber ser...

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