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Sobre a parábola do condutor

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Coube-me, num trajecto matutino recente, dar conta de um paralelo retratável entre aqueles que dedicam o seu labor à condução de veículos, ditos públicos, e todos os que vêm a sua actividade ligada à docência de conhecimentos.
O travo inicial da inesperada ideia deu lugar à excitação proveniente da constatação de que a ideia era potencialmente poderosa.
Soube então destapar o seguinte facto que, para ser devidamente avaliado, pede uma contínua presença da noção da actividade de um condutor de autocarros: se considerarmos que um professor é também ele um condutor, na medida em que traça uma linha de conhecimentos (um âmbito), que procura que seja aproveitada por quem busca o seu serviço, entusiasmante é perceber que também ele não tem o controlo total da viagem que cada estudante (passageiro) venha a fazer. Desconhece a paragem de saída de cada um, tal como lamenta que nem todos tenham entrado logo no início.
Ora um passageiro o que precisa é que o condutor trabalhe, para que passageiro o primeiro possa continuar a ser, mesmo que a viagem seja feita a dormir, em alheamento.
Porque não aproveitar esta epopeia rodoviária, para lembrar que o passageiro, mesmo que reivindique, sabe ser necessário ter de pagar pela viagem, quer a aproveite ou não. E que problemas têm dado esta questão dos preços a alguns níveis de transporte: diz-se que com tamanha tarifa a viagem assume-se elitista.
Enquanto esta discussão segue, os motoristas reparam que os passageiros tendem a entrar na viagem demasiadas vezes em certas épocas do ano, abusando das senhas em detrimento dos passes, facto que traz consigo custos acrescidos e chega a fazer gastar mais tempo a repetir as viagens por não ter viajado o que era preciso.
Soube por fim entender que, para o motorista, é lamentável não transportar muitos e sempre, mas que ele não deixa de viajar de cada vez que conduz e que por isso não se aborrece, já que cada viagem é uma, tal como cada investida no conhecimento.

4 comentários:

  1. Associação curiosa mas rebuscada, porventura forçada.

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  2. Muitos "condutores" nem se chegam a aperceber que transportam passageiros e que tem de os levar a bom porto.
    Contudo todos eles de uma maneira ou de outra influenciam a viagem...

    Vasco S.

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  3. VIVA OS STCP!!!
    ;P


    ok ok...
    como não gosto de andar de autocarro...
    prefiro ter um condutor como tu...
    pk, talvez, me encaminhes para a felicidade... :)

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  4. eskeci-me de uma coisa: a foto tá gira!



    :D

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