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Sobre o póquer e a atitude na vida

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85569uBDA_wO jogo do póquer, que nos últimos tempos tem ganho uma legião de adeptos pelo mundo inteiro na versão Texas Hold'em, serve de perfeito ponto de partida para uma reflexão sobre a atitude na vida.

Por permitir que o jogador influencie o jogo através da sua atitude, inclusive fingimento, é possível encontrar no póquer eco para aquilo que sucede na vida, em que tantas vezes a atitude dita o sucesso ou fracasso pessoal, em que o fingimento adquire muita importância para fazer passar imagens falsas daquilo que cada um é ou da vida que gostaria de ter.

Tal como na vida, a mão de cartas, ou qualidades pessoais, pode nem ser a melhor, mas se pela via da atitude houver ousadia e esperteza para assustar os outros e levá-los temer a nossa posição na mesa ou capacidades, quem sabe não sairemos vencedores apesar da eventual mediocridade que reine dentro de nós. Não é possível que assim seja no desporto, na política, na televisão ou numa função qualquer de uma empresa qualquer?

Todos conhecemos histórias de pessoas que eram supostamente dotadas e não foram longe, e de outras que do nada conseguiram triunfar: eis aí a essência do póquer, também, pois o valor do jogo que se tenha e mãos não chega para validar a nossa capacidade, há que ir a jogo, na altura certa, com a atitude certa, adequando a estratégia aos adversários.

O descaramento amealha pontos em ambos, póquer e vida, porque os prec avidos e medrosos preferem resguardar-se na sua posição e esperar por melhores tempos.

Para não falar do efeito bola de neve. Assim como na vida, quando uma coisa corre bem e calha de mais duas consecutivas correrem, a confiança leva a que tudo comece a parecer correr bem, também no póquer uma série de mãos vencedores leva à confiança de que se vai ganhar porque se tem o baralho de feição.

Na vida não se ganha sem inteligência emocional, independentemente das capacidades e qualidade de cada um, tal como no póquer qualquer atitude imprópria e desmedida anula a vitória, que na mente parecia estar a priori confirmada.

5 comentários:

  1. O Exemplo do póquer também demonstra que existe, no entanto, um factor de sorte na vida. E muitas vezes nao arriscamos por medo de perdermos, de nao termos sorte, e as vezes arriscamos e temos sorte. Por isso o póquer também demonstra a sorte como sendo também um factor importante mas nao decisivo na vida, porque muitas vezes somos nós próprios que fazemos a nossa própria sorte e assumimos as rédeas do nosso destino.

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  2. Caro Radar,

    Bem visto! Fico contente por teres conseguido adicionar mais um elemento a esta reflexão. Quem diria que de um mero jogo de cartas se poderia partir para um reflexão séria sobre a vida e as consequências dos actos ou da inexistência deles.

    A sorte é o melhor azar que se pode ter!

    Cumprimentos,

    Marcelo Melo

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  3. Ao ler o seu texto não pude evitar lembrar-me de um enorme amigo, já falecido, com quem partilhei, rodeados de outros amigos, longas e saborosas horas jogando póquer de dados. Além de servir para reflectir, o seu texto também teve a capacidade de me transportar ás minhas memórias. A vida é um jogo, um enorme, delicioso, mas por vezes perigoso jogo. E a todo o instante, nesta nossa sociedade, verificamos que os espertos, mais do que os inteligentes, são os que melhor adaptados se encontram para ir ganhando este imenso jogo, todos os dias. Proliferam por aí.

    com amizade.

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  4. Caro poeta,

    A esperteza é a intelegência do pragmatismo: quantas vezes nos falta o dom de pensar rápido e bem, decidir correctamente numa fracção de segundo.

    Quando fala em inteligentes, penso que quererá dirigir-se aos ponderados, precavidos, calculistas, porque eu arriscaria dizer que a inteligência só existe manifestando-se. Ora muitos dos inteligentes que menciona, acabam por não manisfestar a respectiva inteligência resultando num dúbio vazio.

    Grato,

    Marcelo Melo

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  5. Caro Marcelo Melo

    quando falo em inteligentes, refiro-me aos que reúnem condições mentais para resolver problemas de toda a ordem, e especificamente problemas da vida, mas de uma forma honesta, não tendo necessidade de recorrer a jogos baixos para os resolver. Porque os inteligentes são sempre homens grandes, nobres de carácter, ao passo que os espertos, aguça-lhes a perspicácia a falta de moralidade.

    com amizade

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