Existem indícios de que a leitura pode representar mais para o cérebro do que a simples informação que permite arrecadar.
Este documentário da BBC aborda esse assunto, mostrando como, por exemplo, o arrojo e originalidade contidos na obra de Shakespeare leva o leitor a ser desafiado com novas palavras, as quais por sua vez fazem com o que cérebro tente encontrar e criar sentido e por essa via se desenvolva.
Se se dedicar algum tempo ao visionamento deste documentário ficar-se-á também a saber, de modo fundamentado, que a leitura não é apenas um acto de literacia, envolve igualmente o desenvolvimento e aprimoramento da empatia: quando se lê um livro, o cérebro personifica a acção descrita como se fosse o próprio indivíduo a fazê-la. Isto leva a que se estimule a capacidade de nos colocarmos no lugar do outro e de pensar como ele. Trata-se do oposto do que sucede com o autismo.
O documentário finaliza tocando num aspecto-chave que se prende com a substituição da leitura por outras actividades digitais, como os jogos ou a internet, e que tipo de consequências estes podem ter. A título de exemplo, note-se que num jogo em que se tenha de salvar alguém, concentramo-nos sobretudo na execução do salvamento, enquanto que se a mesma acção se desenrolasse num livro, provavelmente teríamos em consideração aquilo que a pessoa salvada estaria a pensar ou a sentir.
Publicação original: 17/02/2012
Revisão: 19/12/2016
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