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Sobre o livro Factfulness (H. Rosling), e evidências factuais mas em contracorrente de que habitamos hoje um planeta melhor do que alguma vez o foi

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The RampK.S. Radhakrishnan

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O livro Factfulness tem uma capa e título chamativos, é um bestseller, mas está longe de corresponder a uma certa linhagem de publicações norte-americana que faz escola nas prateleiras de todo mundo pela sua capacidade de impressionar num primeiro momento mas também de fingir que tem mensagens, segredos ou perspetivas de mundo imperdíveis para veicular. Em verdade, é um livro que sumaria a experiência de toda uma vida de um homem muito viajado e instruído, e basta isso para que se demarque dos livros dessa tal linhagem.

Hans Rosling, médico sueco que correu o mundo em missões médicas, elegeu os números e factos suportados em evidência como mote profissional e pessoal, e com isso encontrou uma forma convincente e inatacável de mostrar aos pessimistas ou céticos deste mundo (e não são poucos) que habitamos hoje um planeta melhor do que alguma vez o foi. Se lhe custa a acreditar leia o livro e aborreça-se com o caudal de evidências que demonstram isso mesmo. Rosling mostra também como vivemos agarrados a construções desatualizadas sobre os povos e países, tais como os binómios Ocidente/Oriente ou países desenvolvidos e subdesenvolvidos, mas também o agrupamento dos países por religiões.

Aquela que para mim é uma ideia-chave deste livro, é que urge compreender que as coisas podem estar más e simultaneamente estar a melhorar, e que isso é melhor do que quando estão más e pioram ou se mantêm igualmente más. Hans Rosling mostra como as cabeças humanas caiem facilmente numa série de extrapolações e generalizações erróneas, mecanismos que nos fazem compreender o mundo abaixo do que um chimpanzé, com a sua aleatoriedade e limitação de resposta e entendimento, é capaz de fazer.

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