Inspiration Information - David Shillinglaw (2015)
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A ausência de feedback é uma forma de cegueira que compromete a vida útil dos projetos e contextos humanos. Uma forma dispensável de cegueira visto que, abundasse a boa formação e sensibilidade para com próximo, não haveria porquê de tanto a disseminar no mundo. Mesmo sabendo que quando esperamos feedback estamos a colocar-nos sob o escrutínio de outrem, que isso é por si só potencialmente desconfortável e maldoso, e que na volta do correio as notícias poderão ser desanimadoras, acho que é quase sempre preferível ter feedback a não ter feedback algum.
Quem disser o contrário fá-lo porventura porque acredita que depende apenas de si nesta vida, mas a coisa muda logo de figura quando se encontrar sobre alçada de terceiros naquilo que tenha pela frente fazer. Por exemplo, um processo educativo pai-filho, ou um processo educativo escolar aluno-professor, ou uma dinâmica empregado-empregador, ou uma situação doente-médico. O descanso e tranquilidade são atingidos mais facilmente quando se confirma que os objetivos e expectativas da hierarquia foram reconhecidamente atingidos, ou quando percebemos em que falhamos e como podemos melhorar. E isto requer feedback.
Também por isso existem tantos inquéritos de opinião, sondagens, estudos de mercado, entrevistas e processos de avaliação. As empresas, tal como as pessoas, precisam feedback como do pão para a boca, ou então sucumbem a dúvidas existenciais. Omitindo o feedback, é sempre uma questão de tempo e de fraqueza emocional até pararem para pensar se vale a pena continuar ou se não será melhor mudar de rumo. Eventualmente recomeçando em algo que forneça por fim o tão merecido feedback.
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