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Sobre a televisão: legislação e regulação

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Ao fim de vários registos acercando a situação e retrato da actual televisão aberta, findo esta intervenção olhando não para um futuro ideal, mas para um presente ideal, possível de construir mediante a reflexão dos que fazem da televisão seu emprego mas também dos que a consomem amiúde.
Pode aparentar ser perda de tempo explorar o assunto da televisão na perspectiva do consumidor, mas acredito vivamente que só a acção conjunta de ambas as partes pode efectivamente acreditar a qualidade daquilo que nos chega aos ecrãs.
Para mim, e note-se que falo sempre por mim, daí estar este blogue sempre aberto a comentários, julgo que a televisão deveria assinar compromissos com o ministério da cultura, da mesma forma que existem regras para a venda dos produtos, também aquilo que é servido na televisão, deveria respeitar regras estabelecidas para garantir a qualidade dos produtos. Sei que, com isto, muitos poderão pensar que é um ataque à liberdade de expressão, mas devo dizer que não defendo a abolição de conteúdos da televisão, simplesmente a limitação de certos tipos de programação para um número máximo de horas por dia, semana ou mês. Não mais poderemos encolher os ombros à pobreza criativa das grelhas televisivas ou até aos jornalismos populistas, desinformativos ou medíocres em inovação. Se somos pobres quer na cabeça quer no bolso, também se deve isto a preterirmos debates televisivos a novelas cativantes, ou a evitarmos documentários pertinentes para ter sobredosagem desportiva.
Acredito vivamente que cabe ao Estado assumir a rédea de tamanho empreendimento na mesma medida em que reconheço à sociedade civil uma inércia para a mobilização, sinal talvez de um passado com familiaridade no silêncio e obediência, ou ainda de um fraco acreditar no poder individual e na necessidade da intervenção pública como vector para um espaço público coerente e saudável.

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