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Sobre a polícia e sua actividade

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No seio dos lares crescem hoje crianças que, a menos que resgatadas do destino natural por alguma maternidade ou paternidade à altura do problema, crescerão alheias para os valores do respeito pela autoridade e cumprimento de deveres cívicos.
A polícia, sendo um vector da ordem pública, deve ser vista e ensinada aos mais novos como fonte de segurança, nunca fonte de problemas.
Apercebermo-nos da forma descarada com que muitos cidadãos deste país, jovens e graúdos, rebaixam e menosprezam a autoridade policial conduz a um clima favorável à adulteração da ordem pública.
O fomento, inclusive, dessa desconfiança relativamente ao corpo policial, conduz a que se censure, verbalmente e não só, a legitimidade para a polícia actuar.
É sabido que muitos agentes não reúnem os requisitos recomendáveis para o exercício da profissão, mas uma vez investidos da farda e distintivo, qualquer um tem de ser respeitado pelo cidadão, como condição para que possa viver em sociedade.
Perante cenários de total indisciplina de cidadãos criminosos, que geram ondas de criminalidade empoladas ou não pela comunicação social, acho um tremendo erro centrar a discussão da actuação policial, na sua legitimidade para intervir recorrendo à força, ou ao uso de armas de fogo.
Sabendo que a origem do problema nasce de quem não acata a autoridade policial ou seus deveres legais, as consequências inerentes ao incumprimentos desses deveres de respeito à autoridade ou à legislação, não podem ser o principal assunto a dissecar.
O uso da força, por parte da polícia, pode ser mais ou menos do agrado dos cidadãos em geral, mas acredito ser inevitável. O nosso humanismo não pode consentir que pessoas com falta dele, usem e abusem indevidamente da sociedade e outras pessoas. Por muito que queiramos a não violência, a polícia deve responder a abusos nem que pela via violenta, sob pena de desvirtuarmos o sentido de reposição da ordem.

1 comentário:

  1. Caro Marcelo, nem você imagina o quanto de verdade têm as suas palavras. Assim o povo português demonstrasse a sensatez que você demonstra, homens e mulheres com muito mais responsabilidade em o fazer do que você, que é um jovem, e nós todos seríamos, decerto, muito mais felizes. Sim,porque,infelizmente, a insensatez portuguesa não se manifesta apenas na má relação que tem existido, pós 25 de Abril, entre a sociedade e a policia. Ela é mais profunda e gravosa: afecta o interesse que deveria existir pela evolução de nós todos, afecta a moralidade, a solidariedade, fomenta a ganância, despreza completamente a história, as nossas raízes.

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