Atento hoje a escrite para um erro, que surge da infeliz avaliação de que uma matéria só é avaliada pela sua complexidade técnica, descurando o factor tempo como elemento tão ou mais decisivo que esta.
Dá-se muitas vezes, em conversas entre pares, a discussão das dificuldades de certos assuntos no que toca ao seu estudo, de onde surgem sempre desacordos ou mesmo auto promoções de determinados intervenientes face ao à vontade, quase sempre exagerado, com que dominam as matérias.
Calha de se cair na tentação de achar que as matérias, e consequentemente os resultados das avaliações a elas, devem ser consideradas de forma descontextualizada. Não há dúvidas de que há duas formas de se complicar a vida a um estudante: ou leccionar assuntos complicados, ou dar-lhe tão pouco tempo para adquirir o conhecimento que a matéria se torna complicada indepentemente do resto.
Nem sempre está claro para todos a questão da temporização, pois quando se avaliam as matérias no seu desafio intelectual, dificilmente se considera o factor relógio, e como tal cai-se no erro de tornar injustas certas afirmações.
Estando este mundo repleto de informações, com tendências para agudizar cada vez mais a situação, o grande desafio do estudante deixa de ser o ideal de adquirir o conhecimento sem achar preocupado com prazos, e passa a ser conciliar o processo de aprendizagem com toda a estruturação de calendário que lhe é dada para o conseguir de forma regular.
Não deixo de me perguntar de que forma a inclusão deste agreste perturbador do espaço temporal necessário à sedimentação de conhecimentos, a calendarização apertada, não terá efeitos já hoje nas formações ministradas. Não se compreende qual é a pressa, qual o frenesim de leccionar tanta coisa de forma mecanizada e pouco saudável. Pois que se aprenda menos então, já que os prazos diminuem sempre.
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