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Sobre a religião: a obstrução do livre pensamento

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Não concordo com as religiões porque elas restringem o entendimento e barram o livre pensar pela imposição de esteios com vista à demarcação de um caminho.
Mais grave que isso, não gosto delas pela forma como se apoderam da verdade, a presunção com que se julgam fadadas a conduzir as vidas das pessoas, pronunciando-se para além dos seus propósitos. Lembro-me dos tempos de infância que o discurso de freiras e catequistas era de uma obstinação tremenda, vagueando por conceitos que quando misturados produziam cápsulas de confusão capazes de circunscrever o entendimento e de aturdir tudo e todos. Milénios de história mostram-nos que a qualidade de vida de hoje se deve mais à exploração de novas ideias e perspectivas, do que ao retraimento de espírito constante. Não são conhecidos os esforços da religião por educar, mas por ministrar as suas crenças e julgá-las alimento suficiente. Reparemos que durante séculos a igreja nunca fez nada para que o povo se instruísse. Se hoje a educação está na agenda da religião, que se diga também que não é subsidiada por ela, mas como forma de negócio, sempre alicerçada pelo condicionamento do pensamento dos discente às suas fés e práticas.
A minha experiência pessoal mostrou-me que a educação ministrada através da religião peca pelo bloqueio de alternativas, pela anulação do espírito curioso e pela mistura da catequese com o mundo real, domesticando a natureza à dubiedade e subjectividade das escrituras.
Como não notar que a religião é um estorvo ao futuro? Ela esforça-se por refrear sempre os ânimos, ela presta-se ao passado e fixa-se à única temporalidade impossível de comprovação intelectual: a que nos precedeu.
Por negar em mim o bloqueio às minhas conclusões, às minhas críticas, às minhas teorias e às minhas dúvidas, repudiei a religião da minha vida. Tenho a porta aberta para ser deus da minha vida, para responder por mim, para acreditar em mim.

1 comentário:

  1. Considero que o grande paradoxo que existe, está no facto da igreja católica ser tão redutora e ter como "bibliografia principal" um livro das caracteristicas da biblia.Tratando-se de um livro que transmite uma mensagem de alegria e que não faz quiasquer imposições,não deixa de ser engraçado que a igreja catolica imponha tantas regras,utilize alguns versiculos da biblia fora de contexto para intimidar fieis e de uma forma hipocrita julgue a fé de cada um nas vezes que vão à igreja.
    Para terminar o raciocinio,dou um exemplo:os 10 mandamentos são 10 frases orientadoras de como,segundo a biblia, se deve estar na vida.Na biblia não diz,para mal de muitas catequistas:"Se não cumprires os 10 mandamentos vais para o inferno".Se a Biblia dá hipoteses de escolha do nosso destino,porque é que a igreja catolica não o faz?

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