A queda de natalidade em alguns países europeus, de que Portugal é exemplo, tem vindo a preocupar e estimular os governos, para o incentivo da reprodução humana.
A meu ver, existe um evento que intercepta este problema da redução da natalidade, que tem ver com o incremento de cultura nos povos, ou seja, com a educação e absorção de conhecimento, de sabedoria.
Para suportar tal ideia, julgo ser necessário estabelecer um relação entre a reprodução e o amor dos casais. Outrora, a mostra de amor entre os cônjuges provavelmente passaria pelo surgir de filhos, que seriam sinal de presença do sentimento de união entre dois seres. Com o advento da instrução, as pessoas passaram a ser independentes no adquirir mais cultura, no fazerem-se cultas sem necessitar de sermões dominicais obrigatoriamente, recorrendo ao conhecimento nos os meios de intercâmbio de informação disponíveis. Houve então a evolução dessa prova de amor de um patamar menos selvagem, para uma vertente mais platónica, onde a prova do amor se diversifica e transcende até o mundo material. Temos hoje a capacidade de amar e mostrar amor com maior pendor intelectual, sem ter de recorrer tão obtusamente ao inevitável acto sexual, apesar de por muitos lados surgirem histórias que contrariam o cerne do que aqui digo.
Perante um mundo de tal forma aliciante e diverso, o cenário que se apresenta às pessoas não é mais o de ter filhos para amar, mas o de amar ter filhos, pois o cansaço de um mundo cada vez mais estimulante e desgastante provoca alguma inércia, pactuada pelos adornos tecnológicos que procuram dar ocupação às mentes enquanto estão nos lares, onde deveriam pender para o objecto família.
Absortos para a reprodução, nem o amor parece fazer grande sentido, daí vivermos em relações pouco duradouras, onde não há projecto comum que segure duas pessoas tempo suficiente para reflectirem sobre os paradigmas da sociedade.
Embora eu ache que a educação tem a sua importancia nao creio que seja o factor mais importante que influencia a taxa de natalidade. Penso sim que é a sociedade em si que determina a taxa de natalidade. Por exemplo antigamente nao havia acesso a muitos programas de planeamento familiar como existe hoje em dia, e os contraceptivos nao eram tao comuns. outro factor a ter em conta é o desenvolvimento da medicina. Esta area influencia todos os sectores da sociedade. Outro factor é a mudança que se verificou em relação à posição da mulher na sociedade, que passou de simples dona de casa a mulher trabalhadora, o que fez com que muitas mulheres se dedicassem mais ao trabalho, adiando para uma idade tardia a maternidade. Na idade média uma mulher aos 25 anos ja teria tido em media 2 ou 3 filhos, e nesse tempo as mulheres casavam muito jovens e tinham filhos também muito jovens. Pode-se ver que a sociedade na altura era muito diferente do que é hoje em dia, e penso que é a sociedade que influencia mais a taxa de natalidade ( e nao so)
ResponderEliminarEm termos planetários a população continua a aumentar bastante.
ResponderEliminarPenso que sejam questões meramente socioeconómicas que restrigem os nascimentos em certas áreas do globo...
Cátia F.