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Sobre o retorno a assuntos já abordados

Quiçá por fantasia ou impressão despreocupada, a quem escreve pode eventualmente reinar uma sensação de que uma vez redigido certo facto, argumento ou opinião, naturalmente não se sentirá necessidade de reiterar o produto escrito, ou seja, que o tema fica à partida resolvido face ao sujeito que o enfrenta.
Suponho que possa ser da natureza emotiva da escrita que se volte aos temas, esquecendo o valor racional do que se produziu, estático do ponto de vista temporal. A verdade é que o emocional, por ser mais prendado no exigir do presente, acaba por sobrepor-se com frequência à solidez do valor lógico daquilo que fora dito, culminando numa nova exposição sobre o tema.
Note-se bem que falo do campo da escrita pessoal, não da leitura pessoal, pois aí o resgate de textos antigos nada tem que ver com o impulso de retornar a abordar um conteúdo já exposto.
Para quem escreve, ergue-se então um problema de memória: não ficar preso à repetição temática nem a uma mensagem desprovida de novidade e imprevisibilidade, isto a menos que se trate de uma consentida e intencional campanha.
O que o pensamento me devolveu, foi precisamente a noção de que posso ser acometido para a escrita com vista a aliviar um impulso pontual de escrever sobre um qualquer assunto, embora de cada vez que o faça sinta que o assunto ficou resolvido, desde que me contente com o produto do esforço de redacção.
Também no jornalismo, na política, na educação, no desporto, nas conversas do dia-a-dia ou no pensamento contínuo de cada um, este fenómeno é vulgar, perceptível na forma como se regressa às mesmas conversas, ideias, memórias, argumentos, assuntos, factos, opiniões, temas e perturbações, instigados por uma carga emotiva que ganha à frieza da teia lógica, que tudo faz para fingir definitiva uma incursão plena de redundância.
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About quotations and their use

My attention was caught in the realisation that some people abuse of bringing into their conversation the quotations of distinct known personalities.
After thinking about it, my thoughts hold in the idea that the habit of overusing quotations can be understood by some different perspectives.
It is possible to have a person that in the same way his friends use to repeat specific words or expressions, develop a tendency to bring to conversations parts of discourses from known people that he or she have read or listened to. In this case, that practice is not offensive, despite a considerable period of time being needed to realise it perfectly.
Other possibility is seeing the habit as a subtle and opportunist way that may be assumed by someone to create an impression of knowledge and erudition. If true this is the malefic use of quotations, since it can be seen rather than a respect for author rights, a use of their own words, sometimes work, not to praise them but for personal attributes.
Finally, a last understanding can be taken to consider cases in which the feeling of inferiority encourages the recurrence to quotations. To be clear, this practice might be use in a dinner where a guest feels his audience is richer in terms of culture, so that expressing own ideas can be dangerous to pride and imprudent. By abusing the references of famous people’s words, the technical problem of sharing own ideas can be hided and the conversations will not be a serious problem.
Personally, I do not use quotations often, despite seeing it as good tool for some moments that those specific words or expressions of quotations seem to match perfectly in the meaning and clarity wanted. As mentioned, only time of interaction with a person allow the perception of the kind of use given to quotations. However, a trivial idea can fill as conclusion: moderation is the key for a good use of it.
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